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A extrema direita na França tem mais de 50 anos; por que só agora ela está perto do poder?

Creditos: G1

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partido Reunião Nacional (RN) liderado por Marine Le Pen conseguiu um salto nas redes sociais e se tornou o partido favorito para governar o país após o primeiro turno das eleições legislativas na França. O segundo turno acontece em 7 de julho. Bardella, o jovem político radical, segue uma série de pautas da extrema direita, principalmente a imigração. Le Pen deixou para trás posturas racistas e antissemitas de seu pai, mas manteve pautas anti-imigração.

    O Reunião Nacional (RN) teve 88 dos 577 deputados da Casa no último Parlamento francês, dissolvido por Emmanuel Macron no início de julho. Para garantir a maioria absoluta, é preciso ao menos 289 assentos.

    No primeiro turno das eleições legislativas, o RN obteve 33% dos votos, a Nova Frente Popular ficou em segundo lugar com 28%, e o bloco centrista de Macron terminou em terceiro lugar com 20%. O resultado seguiu as projeções de pesquisas de intenção de votos.

    O cenário pode tornar o governo de Macron inviável na prática. Antes mesmo da divulgação dos resultados, Macron sugeriu uma aliança ampla entre "candidatos republicanos e democráticos" para o segundo turno das eleições. Já Marine Le Pen pediu aos franceses que deem a maioria absoluta no Parlamento ao seu partido no segundo turno.

    O sistema político da França é semipresidencialista, onde os eleitores elegem os partidos que vão compor o Parlamento. O partido ou coalizão que obtiver mais votos indica então o primeiro-ministro, que governa em conjunto com o presidente.

    Se o RN ganhar, Macron teria de nomear um adversário para o cargo de primeiro-ministro. No cenário do chamado governo de coabitação, o presidente mantém o papel de chefe de Estado e da política externa, mas perde o poder de definir a política doméstica e de nomear ministros, que ficaria a cargo do primeiro-ministro.

    O último governo de coabitação ocorreu em 1997, quando o presidente de centro-direita, Jacques Chirac, dissolveu o Parlamento pensando que ganharia uma maioria mais forte, mas perdeu o controle da Casa para uma coalizão de esquerda liderada pelo partido socialista.

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