geral

Após morte, Fiocruz alerta para meningite transmitida por caramujo

Creditos: ÚltimoSegundo

A
pós a morte de um paciente em abril no município de Nova Iguaçu, na região metropolitana do Rio de Janeiro, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alertou para a transmissão de meningite por meio de caramujos (meningite eosinofílica). A investigação foi realizada pelo Laboratório de Malacologia do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), que detectou a presença do verme causador da doença em um caramujo da espécie Pomacea maculata, conhecido popularmente como lolô ou aruá. O verme Angiostrongylus cantonensis é encontrado em 14 unidades da federação e é transmitido ao hospedeiro através de larvas eliminadas pelas fezes de ratos. A infecção humana ocorre quando as pessoas ingerem um caramujo infectado ou o muco liberado por ele. Os pesquisadores do IOC coletaram também animais como ratos, preás e gambás na região onde houve o caso para confirmar a infecção desses mamíferos. A chefe do Laboratório de Malacologia do IOC/Fiocruz, Silvana Thiengo, aponta que há relatos de que o paciente se infectou ao ingerir um caramujo de água doce cru. Os sintomas da doença incluem dor de cabeça, rigidez na nuca e febre, e alguns pacientes apresentam distúrbios visuais, enjoo, vômito e parestesia persistente. O tratamento busca reduzir a inflamação no sistema nervoso central e aliviar a dor. A prevenção da infecção pelo caramujo envolve tomar cuidados ao manuseá-lo, higienizar verduras e não ingerir esses animais crus ou malcozidos. A recomendação das autoridades de saúde para a exterminação desses moluscos é por meio da coleta manual, usando luvas ou sacos plásticos para proteger as mãos. A solução é para quebrar as conchas e enterrá-las ou jogá-las no lixo.

Ver notícia completa...