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Bar Parada Obrigatória, Adilsinho e Bernardo Bello: entenda o rastro de sangue e os lados na guerra do bicho

Creditos: G1

A
polícia prendeu dois suspeitos que estavam monitorando a vítima executada por disputas do jogo do bicho. A morte ocorreu em 19 de novembro de 2022, quando Marquinho Catiri foi executado na comunidade da Guarda, em Del Castilho. Bernardo Bello perdeu seu principal braço armado nessa escalada. Em 5 de abril de 2023, Allan dos Reis Mattos, Marcos Paulo Gonçalves Nunes e Vitor Luis de Souza Fernandes foram filmados seguindo Fernando Marcos Ferreira Ribeiro, o Fabinho, em Copacabana. No dia seguinte, Fabinho foi executado em uma rua da Tijuca. Em 14 de abril de 2023, Luiz Henrique de Souza Waddington, filho de Luiz Cabral, foi alvo de uma emboscada no Sambódromo e levou quatro tiros. Dois dias depois, um grupo abriu fogo próximo ao bar Parada Obrigatória, e dois homens saíram feridos - justamente os presos na terça-feira. No ultimo domingo de junho de 2024, Antônio Gaspazianni Chaves, dono do Bar Parada Obrigatória, foi executado a poucos metros do estabelecimento. Na terça-feira seguinte, Allan, Marcos Paulo e Vitor Luis foram alvos de mandados de prisão.

    Fabinho trabalhava para Bernardo Bello e gerenciou pontos de jogo do bicho em bairros da Zona Sul do Rio. Adilsinho enviou seus homens para a região e mandou matar Fabinho como forma de intimidar aliados de Bello. Para a execução de Fabinho, Adilsinho mobilizou o PM Allan, Marcos Paulo e Vitor Luis para vigiar o alvo. Eles foram flagrados por câmeras de segurança monitorando a vítima no dia anterior ao crime.

    A polícia também interceptou mensagens que mostram que Fabinho estava ciente que estava sendo monitorado e se assustou com os tiros pouco antes de ser executado: "Fala, mano, urgente, teve um assalto na rua, tiroteio". A defesa de Marcos Paulo afirmou que as acusações não são verdadeiras e a inocência será provada no curso do processo.

    O grupo usou as mesmas armas nos ataques ao comparar as cápsulas. O homem identificado como "01" ou "Patrão" nas conversas interceptadas seja Adilsinho. A execução mais recente ocorreu quando Gaspazianni foi morto por homens armados que saíram de um carro escuro e atiraram contra a vítima. Entre as linhas de investigação estão a resistência em ceder à máfia do cigarro e diferença nos repasses do dinheiro arrecadado com os caça-níqueis.

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