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Brasileira na Bolívia narra tensão e filas em bancos e mercados após tentativa de golpe: 'Ninguém sabia muito o que fazer'

Creditos: G1

A
brasileira Manu Fernandes, de 30 anos, que está em La Paz, na Bolívia, descreveu a tensão e incerteza após a tentativa de golpe de Estado na quarta-feira (26), quando militares invadiram o palácio presidencial. Manuela chegou a La Paz no domingo (23), mas já estava no país desde o dia 13 de junho, junto com uma amiga. Na quarta, ela percebeu uma movimentação diferente pelas ruas. Um guia chegou a orientar que ela não fosse até a praça principal, mas não disse o motivo. "Era um dia bem comum mesmo, e de repente era uma incógnita. As pessoas nas ruas, nas filas do caixa, nos supermercados. Eu tentando organizar o pensamento", disse a brasileira que faz cria conteúdo sobre viagens na internet. Foram os familiares no Brasil que passaram informações a ela sobre o que estava acontecendo. "Fiquei quase 3 horas para entrar e sair do supermercado. Decidi olhar ao redor e ver o que os bolivianos estavam fazendo, e fazer compras e tirar dinheiro era algo razoável, era algo que eu já iria fazer. Dentro do mercado havia uma calma controlada, algo no ar, uma apreensão, troquei impressões com algumas pessoas mas de maneira geral, quem falou, falou pouco", contou. A catarinense segue com o planejamento de permanecer na Bolívia até 8 de julho. Na quinta-feira (27), ao andar pelas ruas de La Paz, afirmou que a situação já estava tranquila e que os comércios e lojas voltaram ao normal. O que aconteceu? Em uma tentativa frustrada de golpe, o ex-comandante do Exército do país Juan José Zúñiga e soldados aliados invadiram o Palácio Quemado, antiga sede do governo, mas acabaram desmobilizados. Zúñiga e outro comandante terminaram presos.

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