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Brigada Guardiões do Território Kumaruara recebe formação para combate a incêndios florestais

Creditos: G1

A
comunidade indígena da aldeia Muruary, localizada ao longo do rio Tapajós, recebeu benefícios com um curso de formação de brigada para enfrentar incêndios florestais. O treinamento ocorreu entre os dias 24 e 29 de junho e contou com a participação de brigadistas voluntários de Alter do Chão e do 4º Grupamento de Bombeiro Militar (4º GBM), de Santarém, oeste do Pará. A brigada foi formada por indígenas voluntários de 10 aldeias e 5 comunidades. A formação envolveu 32 participantes diretos e cerca de 50 voluntários, com apoio de organizações como TNC, WWF, Instituto Nossa Voz e o projeto Fundo Casa, que forneceu equipamentos essenciais para a brigada. Além do treinamento técnico, houve momentos de autocuidado proporcionados pela Universidade do Estado do Pará (UEPA), por meio do professor Fábio Abreu, que ofereceu massagens e técnicas de relaxamento para valorização dos voluntários.

    De acordo com o analista ambiental da Gerência Regional da Amazônia GR1 (ICMBio), Thiago Dias, a iniciativa é de grande importância porque fortalece toda a comunidade para enfrentarem os crescentes incêndios florestais na Amazônia. "A gente sabe que os incêndios florestais na Amazônia têm sido cada vez mais recorrentes, ameaçando a biodiversidade, os recursos naturais e o modo de vida das populações tradicionais. Então, formando as brigadas aqui para que eles estejam capacitados e equipados para as atividades de prevenção e combate aos incêndios, a gente ganha em tempo de resposta a esses incêndios", afirmou Thiago Dias.

    Ainda de acordo com Thiago Dias, incêndios registrados nos últimos anos danificaram significativamente o território, comprometendo a floresta e agravando as mudanças climáticas, gerando danos materiais e emocionais para todos que dependem da floresta para tirar o sustento.

    Segundo o Instrutor de brigada de incêndio florestal do ICMBio, Antônio Sena, que esteve à frente da iniciativa, com a conclusão do curso de formação os indígenas voluntários estão aptos para enfrentar os incêndios que assolam a Amazônia. Parceiros da curso doaram equipamentos que ajudarão no combate as chamas.

    "É uma brigada que vai somar forças com a gente para tomar conta de todo o território do Baixo Tapajós. Este ano, pretendemos ter as brigadas indígenas, brigadas comunitárias e a brigada voluntária de Alter do Chão, completando todo o aparato do ICMBio e IBAMA para fazer o atendimento dos incêndios florestais desta região, para mudar o cenário que tivemos no ano passado", afirmou Sena.

    Um dos principais benefícios das brigadas indígenas é a proximidade com as áreas de ocorrência de incêndios. Essas brigadas oferecem um tempo de resposta muito melhor do que as brigadas que ficam em Santarém, porque já estão muito próximas às ocorrências de incêndio. Esta eficiência é importante para mitigar rapidamente os danos causados pelo fogo, segundo Antonio Sena.

    Para os povos indígenas, a relação com a floresta é sagrada, e proteger a mata é proteger suas raíces ancestrais.

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