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e acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), boa parte de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, leste de Minas Gerais, todos os estados do Centro-oeste, Rondônia, sul do Amazonas, sul do Pará e Tocantins tem risco de temporais nos próximos dias. Nessas regiões, os acumulados podem chegar a 100 milímetros por dia, com ventos intensos, de até 100 km/h. As chuvas previstas para esses locais foram classificadas pelo Inmet em um aviso meteorológico “laranja”, que qualifica as chuvas como de “perigo”. Região central do país deve ter tempo instável nos próximos dias.
Segundo Fábio Luengo, meteorologista da Climatempo, a frente fria deve se formar nesta sexta em São Paulo e já avançar para os demais estados do Sudeste no sábado (9). O sistema deve canalizar umidade da Amazônia e levar umidade também para a região Centro-Oeste e parte da região Norte. De acordo com o Inmet, há possibilidade da formação da Zona de Convergência do Atlântico Sul.
No Sul, o tempo deve ficar mais estável, com uma leve diminuição das temperaturas. No Nordeste, a previsão é de tempo firme e seco. O sul da Bahia pode registrar alguns temporais ao longo do fim de semana. A frente fria deve seguir avançando, atingindo o sul da Bahia, norte de Minas Gerais e norte do Espírito Santo no domingo (10).
A frente fria vinda do oceano pode criar um corredor de umidade que canalize a umidade da Amazônia. Segundo o Inmet, a atuação de um cavado também deve contribuir para a organização de uma faixa de nebulosidade na região. Cavados são áreas alongadas de baixa pressão.
Esse fenômeno meteorológico acontece quando há uma corrente de vento que ajuda na formação de nuvens de tempestade. Esse cenário é potencial para a configuração da chamada Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), segundo o instituto.
Para que a ZCAS se estabeleça, é necessário que o canal de umidade persista por ao menos quatro dias consecutivos. A Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) se caracteriza por uma extensa faixa de nuvens que normalmente vai do Norte ao Sudeste do país.
O sistema é responsável por manter o tempo instável nessas regiões, gerando acumulados consideráveis de chuva. Após dias de tempo instável e chuvas fortes no Sul, os meteorologistas alertam para a possível formação de um ciclone bomba no Oceano Atlântico na próxima semana.
Um ciclone bomba nada mais é quando uma área de baixa pressão (no caso, um ciclone extratropical) ganha força muito rápido. O meteorologista também comenta que, por ser um fenômeno de rápida formação, a tendência é que seja um ciclone mais forte.
Mas os efeitos dependem da distância que ele fica do continente. Os modelos indicam que esse ciclone tem como trajetória um afastamento do Brasil, ou seja, não vai passar pelo país. Apesar disso, ele deve contribuir para o aumento da intensidade dos ventos no Sul, além de trazer tempestades para a região.
As previsões atuais indicam que os ventos podem chegar a 80 km/h, especialmente no litoral do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, com possibilidade de ressaca. Com relação à chuva, Luengo destaca que os volumes devem ser expressivos.
A chuva deve ser forte, mas nada tão catastrófico quanto os temporais visto em abril e maio na região. O Inmet mantém o “Alert-AS - Centro Virtual para Avisos de Eventos Meteorológicos Severos”. Além da previsão e do monitoramento do tempo em geral, entre outras atividades, o Inmet emite “avisos meteorológicos”, nos quais classifica em três níveis de intensidade o fenômeno observado: amarelo (perigo potencial), laranja (perigo) e vermelho (grande perigo).
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