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Criminosos usam aplicativos de relacionamento gay para atrair e assaltar homens na Zona Sul de SP, relatam vítimas

Creditos: G1

O
publicitário Hilário Junior alertou a comunidade LGBTQIA+ sobre golpes em aplicativos de relacionamentos gays através das redes sociais. Ele conheceu um rapaz chamado Davi e percebeu que se tratava de um golpe. Postagens feitas por Hilário para alertar sobre golpes em aplicativos de relacionamentos gays foram viralizadas e ele descobriu que o golpista usava imagens de um rapaz do interior de SP, chamado Leandro, que atualmente reside na Califórnia, nos EUA. Ele entrou em contato para avisar sobre o ocorrido e alega que o perfil fake ainda está ativo no aplicativo.

    Matheus*, de 26 anos, também foi assaltado após marcar um encontro no bairro do Sacomã, em maio. Ele já cogitou deixar o país e se mudar para os Estados Unidos devido ao trauma. Ao g1, ele relatou que estava conversando com um rapaz no aplicativo Hornet, quando foi convidado para sair. Durante esse papo, ele pediu minha WhatsApp e começaram a conversar por lá. Chegando no local, o homem pediu a localização em tempo real do Uber e falou: 'dá um tiro nele, vai'. Matheus conseguiu o ressarcimento do dinheiro posteriormente.

    João*, de 24 anos, escapou por pouco de um assalto no mesmo endereço em que Leonardo Rodrigues Nunes foi assassinado, no bairro Vila Natália, próximo ao Sacomã. Durante semanas, João conversou com um rapaz com quem deu um match no aplicativo Hornet. No dia do crime, a vítima estava na faculdade na Zona Oeste de São Paulo, quando foi convidada para ir à casa do rapaz. Assim como aconteceu com Matheus, o criminoso pediu para ele compartilhar a localização em tempo real do Uber. Enquanto tentava localizar o endereço correto, dois homens em uma moto se aproximaram e o abordaram. A vítima achou que os criminosos carregavam uma arma de brinquedo, por isso reagiu ao assalto.

    A Secretaria da Segurança Pública informou que o boletim de ocorrência mencionado na reportagem foi registrado como roubo em 3 de maio pela Delegacia Eletrônica. As investigações ocorrem pelo 95º DP (Heliópolis). Quanto ao caso mencionado na região da Mooca, ainda não foi localizado com os dados disponíveis até o momento. A Polícia Civil está à disposição das vítimas para registro de ocorrências e destaca o aumento das ações contra a violência direcionada à comunidade LGBTQIAPN+. Os crimes podem ser denunciados em qualquer delegacia do Estado e, desde agosto de 2021, também pela Delegacia da Diversidade Online, acessível por dispositivos eletrônicos.

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