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Custo da desinflação cresce se o fiscal não ajuda, diz diretor do BC

Creditos: InfoMoney

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Comitê de Política Monetária (Copom) está comprometido em entregar inflação na meta, mas o custo da desinflação é elevado quando o quadro fiscal não ajuda. O diretor da Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, Renato Gomes, falou sobre isso durante uma live semanal do BC sobre os 30 anos do Plano Real. Ele mencionou que houve avanços recentes nas contas públicas do país e que há um grande esforço para que o Brasil recupere a credibilidade fiscal.

    Gomes acredita que a perna do tripé macroeconômico brasileiro que mais "fraquejou" nos últimos anos foi a relativa ao fiscal. Ele argumentou que uma política fiscal expansionista coloca muita pressão nas outras duas pernas do tripé (câmbio flutuante e meta de inflação), o que pode levar a desvalorizações ou pressão na política monetária. Como resultado, a desinflação fica muito custosa.

    Para o futuro, Gomes propôs um tripé equilibrado que combine esses três elementos. No entanto, o governo enfrenta resistências do Congresso a novas medidas fiscais e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva rejeita algumas das ideias propostas. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também expressou preocupações sobre a eficiência dos ajustes fiscais e o impacto sobre o investimento, crescimento econômico e inflação.

    A proposta sobre a autonomia operacional do BC está sendo discutida no Congresso com o apoio da diretoria do Banco Central, mas enfrenta oposição dos membros do governo.

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