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Das 106 cidades da Zona da Mata e Vertentes, apenas 5 têm prefeitas mulheres, aponta análise da UFMG

Creditos: G1

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pesquisa realizada pelo Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFMG) analisou os municípios cobertos pelo portal do G1 na Zona da Mata, onde foram registradas 65 cidades e 111 legisladoras eleitas. No Campo das Vertentes, atuam 15 mulheres na Câmara de 10 municípios. Percentualmente, isso significa que das 1.182 vereadoras de Minas Gerais, 9,39% são da Zona da Mata e 1,26% do Campo das Vertentes. No que diz respeito ao número de prefeitas em Minas Gerais, são 64, sendo que a Zona da Mata e Vertentes têm apenas 7%. Os dados foram coletados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e tratados pelo NEPEM UFMG na pesquisa "Representação, processos de inclusão e violência política", financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). As análises são feitas com base em candidatas eleitas em 2021. Dados locais que refletem o nacional, segundo a subcoordenadora de pesquisa de análise de dados do NEPEM e Doutora em Ciências Políticas da UFMG, Alessandra Costa, os números da Zona da Mata e Vertentes refletem um diagnóstico que é também estadual e nacional. "É um problema na democracia brasileira. É um paradoxo, já que as mulheres são maioria da população e são sub-representadas, quando não excluídas, em todas as esferas", disse. A pesquisadora ainda chama atenção para a quantidade de municípios mineiros que não têm mulheres no Legislativo e Executivo. "Das 854 cidades de Minas, somente 64 são governadas por mulheres. E olhando para o Legislativo, 22% dos municípios não tem nenhuma vereadora". Outro dado analisado pelo NEPEM chama ainda mais atenção: Minas Gerais possui uma prefeita autodeclarada preta. Nenhuma prefeita autodeclarada preta foi eleita no último pleito municipal — Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil. Quando eleitas, mulheres também enfrentam desafios Os dados obtidos e produzidos pelo NEPEM foram apresentados na Assembleia Legislativa de Minas Gerais na última semana de maio e, além de demonstrar a exclusão de mulheres na política mineira, também alertam para desafios enfrentados durante os mandatos. "A mulher já enfrenta desafinos para se candidatar. E, mesmo eleita, o que nós temos percebido é que a taxa de sucesso nos mandatos femininos é muito inferior aos masculinos."

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