O
novo plano de preservação do conjunto urbanístico de Brasília (PPCub) foi aprovado pela Câmara Legislativa (CLDF), gerando controvérsias e preocupações. Criticados são os aumentos do gabarito dos hotéis na região das asas Norte e Sul, permitindo a construção de edifícios com até 12 andares em terrenos onde até então recebiam prédios de até três andares. Essa mudança tem gerado preocupações quanto ao impacto no trânsito e na infraestrutura da região e levantou questões sobre a especulação imobiliária e a perda da identidade arquitetônica de Brasília. A autorização para construções em lotes no setor Oeste do Eixo Monumental tem gerado debates intermináveis, especialmente em relação à destinação de áreas verdes e à preservação do cerrado. A expansão urbana desenfreada e a falta de planejamento têm sido duramente criticadas por urbanistas, arquitetos e ambientalistas. A situação se agrava com a possível perda de vegetação do cerrado às margens do Lago Paranoá, onde novos empreendimentos imobiliários estão previstos para serem construídos, com possibilidades de moradia e até de hospedagens em flat service. Há ainda a possibilidade do funcionamento de funerárias em postos de combustíveis na área central, inclusive nos eixinhos Norte e Sul, e a regularização de hotéis, pousadas e motéis nas vias W3, o que é completamente refutado pelos moradores da região. A falta de regulamentação e fiscalização por parte das autoridades locais tem sido apontada como um dos principais problemas na gestão do crescimento urbano da capital. O texto aprovado também potencializa os poderes do Governo do Distrito Federal (GDF) em definir os critérios para a mudança das destinações das áreas, como a instalação de comércio dos setores de embaixadas, até então exclusivos para atividades de países com os quais o Brasil mantém relações diplomáticas. Aprovado com uma ampla maioria, embora sem unanimidade, o texto segue agora para a sanção do governador Ibaneis Rocha (MDB), que analisará ponto a ponto das mudanças aprovadas pelos distritais a partir do texto original encaminhado pelo Executivo local.
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