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Diversidade e desafios: empresas de Uberlândia desenvolvem ações para inserir pessoas trans no mercado de trabalho

Creditos: G1

A
experiência de Sayonara permitiu que ela explicasse como empresas de diversos setores estão caminhando lentamente, mas constantemente, para mudar a realidade no município de Uberlândia. Durante o Dia do Orgulho LGBT+, o G1 conversou com Sayonara e representantes de empresas atuantes em Uberlândia que buscam, por meio de iniciativas de inclusão, tornar a inserção de pessoas trans no mercado de trabalho mais fácil.

    Parte do cotidiano de Sayonara envolve visitar corporações para trabalhar com gestores, líderes e colaboradores sobre temas de diversidade de gênero. Ela acredita que a população trans enfrenta graves excluções que se manifestam de diferentes formas e repercutem em todas as esferas, especialmente no mercado de trabalho. Para ela, é preciso preparar o setor de Recursos Humanos e outros colaboradores para que se sensibilizem para um mundo mais inclusivo.

    Essa preparação ocorre de diversas maneiras, e em Uberlândia, empresas trabalham para ter pessoas trans no quadro de funcionários a partir da criação de vagas afirmativas e outras iniciativas que tornam o ambiente de trabalho mais seguro quando estas se tornam parte do grupo. Sayonara também nota banheiros inclusivos e o acesso à promoção de carreira que motivará e valorizará cada vez mais o colaborador, impactando na imagem organizacional.

    A Cargill, uma das empresas com trabalho deste tipo, tem uma unidade em Uberlândia e segue as diretrizes da multinacional, que inclui "colocar as pessoas em primeiro lugar". Isso significa confiar e apoiar uns aos outros e incluir pensar na segurança emocional, criar um ambiente em que qualquer pessoa seja capaz de expressar seu modo de pensar e interagir de maneira aberta e franca. A Cargill criou um Comitê de Diversidade em 2016 e uma das iniciativas do comitê é a rede Pride, que promove e inclui LGBT+ por meio de networking, desenvolvimento e compartilhamento de conhecimento.

    A empresa trabalha com vagas afirmativas e todas as pessoas são bem-vindas. O processo seletivo é o primeiro contato delas com a empresa e deve ser humano, inclusivo e acolhedor para que as pessoas trans se sintam seguras desde o começo e incentivadas a participar. Além da inserção no mercado, o trabalho da multinacional continua para manter os colaboradores ativos e com possibilidade de crescimento dentro da corporação.

    O EcoRodovias também tem políticas com enfoque na diversidade de gênero e na equidade entre os colaboradores. O apoio jurídico e financeiro para a retificação do nome e gênero é uma das políticas criadas pelo programa Caminho para Todos, criado em 2018. A empresa busca impactar externamente a comunidade onde atua e discute como pode levar isso para fora, tornando-se uma empresa referência nesse tema na região.

    As ações dos comitês nas empresas trouxeram resultados positivos, afirmam os representantes. A diversidade e a equidade entre os trabalhadores permitem inovação e indícios de que as corporações estão avançando. Apesar dos resultados positivos dentro das empresas, há desafios para atingir novos colaboradores. A maior dificuldade é a falta de informação e conscientização, e isso não é tão simples de ser identificado, já que o preconceito aparece de formas óbvias e inconscientes.

    A avanço no campo das políticas públicas é insuficiente quando comparamos com o quadro de exclusão e violência que existe ainda no país. É preciso legislar em prol dos excluídos sociais que se deparam com pouco acesso a educação e saúde que impacta diretamente na busca de emprego e fere diretamente a Declaração Universal dos Direitos Humanos e a Constituição Brasileira de 1988.

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