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Em mais um dia de caos em Porto Alegre, bairros ficam alagados e aulas são suspensas

Creditos: InfoMoney

A
cidade de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, enfrenta uma situação de caos devido às enchentes e alagamentos causados por chuvas intensas. As ruas e avenidas de vários bairros da cidade ficaram completamente tomadas pelas águas logo nas primeiras horas do dia. As aulas de todas as escolas públicas e privadas foram suspensas para o dia seguinte. De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o volume de chuva registrado em apenas 12 horas ultrapassou os 100 milímetros na zona sul da cidade. O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, garantiu que a administração municipal não foi pega de surpresa com a chuva, mas sim com sua intensidade e volume.

    Foram detectados problemas relacionados a enchentes e alagamentos nas zonas norte, sul e central da capital, em bairros como Menino Deus, Cidade Baixa, Praia de Belas, Ipanema, Cavalhada, São Geraldo, Moradas da Hípica, Santa Fé e Restinga. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) registrou 86 ocorrências de alagamento. Há 55 ruas e avenidas totalmente bloqueadas e 23 com bloqueio parcial. O Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) informou que 10 das 23 casas de bombas estão funcionando na drenagem da água acumulada nas ruas. No entanto, o barro levado pelas cheias está bloqueando as galerias pluviais, que fazem o escoamento.

    O nível das águas do lago Guaíba, em Porto Alegre, voltou a subir, avançando 14 centímetros em um intervalo de cerca de 5 horas, após uma chuva que atingiu a marca de 17,6 milímetros. O patamar das águas do Guaíba continua acima da chamada "cota de inundação", que é de 3 metros. O pico histórico foi registrado no início do mês, quando o lago bateu 5,33 metros.

    De acordo com o boletim da Defesa Civil do estado, o total de mortes desde o início das enchentes, no fim de abril, subiu para 163. O número de pessoas desaparecidas é de 72 até o momento e há 806 feridos. O total de pessoas que tiveram de deixar suas residências ultrapassa 647,4 mil, das quais 65,7 mil estão em abrigos e 581,1 mil, em casas de amigos ou parentes (tecnicamente, são considerados "desalojados"). Até agora, 468 dos 497 municípios do estado foram afetados, de alguma forma, pelas enchentes. Ao todo, são mais de 2,3 milhões de pessoas atingidas.

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