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Estruturas artificiais no litoral paulista causam impactos ambientais e exigem ações urgentes; entenda

Creditos: G1

A
pesquisa revelou que a proximidade das ocupações e estruturas artificiais próximas às praias e margens de mangue aumentam a vulnerabilidade dessas áreas a ressacas e alagamentos. Outro problema observado é a perda de biodiversidade devido à invasão de espécies não nativas, o que tem um impacto negativo na pesca e no turismo. As estruturas artificiais na costa paulista correspondem a 245 km, o equivalente a três vezes a distância entre os centros de Santos e São Paulo. As moradias representam 20% das estruturas artificiais, enquanto contenções, portos e quebra-mares representam os 80% restantes.

    A pesquisadora do Instituto do Mar da Unifesp - Campus Baixada Santista, Aline Martinez, explicou que o estudo teve como objetivo entender o impacto do crescimento das cidades perto do mar. A primeira etapa do estudo foi entender a extensão da área construída no litoral de São Paulo. Aline apontou que não existiam dados precisos sobre as ocupações e estruturas erguidas perto da linha d'água. As construções artificiais tiram a complexidade do que é natural e contribuem para a diminuição da ocupação de espécies nativas. Isso, ao mesmo tempo, tem um impacto negativo na pesca e no turismo devido à invasão de espécies não nativas.

    A solução proposta para as áreas já urbanizadas é o uso de princípios da engenharia atrelados aos conceitos de ecologia para revitalizar esses ambientes. Essa solução está sendo desenvolvida com uma universidade da Austrália. Outra etapa do mapeamento visou medir a extensão de áreas urbanizadas a 100 metros de distância das praias e margens de rio. Esse dado identificou as áreas vulneráveis às mudanças climáticas.

    A pesquisadora afirmou que boa parte das praias e margens de mangue na Baixada Santista e Litoral Norte estão com ocupações próximas a esses habitats naturais -- áreas mais propícias a sofrerem com ressacas e alagamentos. É necessário começar a pensar em planos de adaptação para proteger essas áreas, seja restauração de mangue, proteção das praias onde elas se encontram, mas começar a pensar em estratégias para evitar que essas regiões já construídas sofram com ressacas. Na áreas ainda não ocupadas, a sugestão é que haja um planejamento de onde construir e não construir nas beiras de praias. O professor e pesquisador do IMar/Unifesp, Ronaldo Christofoletti, ressaltou que o mapeamento identificou que o litoral sul é o que traz maior benefício de resiliência climática ao estado porque é o que ainda está mais conservado, com a menor quantidade de estruturas artificiais.

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