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Integrantes de bois de sotaque de costa de mão pedem mais visibilidade e atenção para o sotaque no MA; entenda o caso

Creditos: G1

A
tradição do "Bumba-Meu-Boi" é uma das mais antigas e ricas do Maranhense, e é composta principalmente por pessoas negras devido à existência de muitos engenhos onde muitos escravos foram vendidos e traficados durante o berço do sotaque. O sotaque é caracterizado por uma forma única de tocar os instrumentos e uma presença diferencial dos personagens que integram os folguedos, como as tapuias. A exemplo das tapuias, as "Boizinho Odorico" e "Belinho Nizetinha" são conhecidas nos sotaques de matraca, baixada e orquestra como "índias".

    No entanto, apesar da rica história e tradição, o sotaque costa de mão sofre com falta de visibilidade e sensibilidade do poder público, o que afeta a sobrevivência dos grupos de cultura junina maranhense. A falta de apoio do poder público é um dos muitos fatores que levam o sotaque a não ter tanta prioridade em relação aos outros nos arraiais, sejam os comunitários ou organizados pelos gestores políticos.

    A cientista social Izaurina Nunes, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Maranhão (Iphan), destaca que a falta de apoio do poder público pode ser apenas um dos muitos fatores que levam o sotaque a não ter tanta prioridade em relação aos outros nos arraiais, sejam os comunitários ou organizados pelos gestores políticos. Além disso, a falta de incentivos financeiros e contratuais e a prioridade dada a outros sotaques de bumba-meu-boi de outras regiões do estado são outros fatores que afetam a situação dos grupos do sotaque costa de mão.

    Apesar das dificuldades, o reforço das características identitárias individuais de cada sotaque de boi é importante para manter a diversidade cultural dentro do boi maranhense. O boi tem base comunitária, formado por famílias e amigos que juntam forças para manter viva a tradição. A falta de espaços para apresentações e o atraso do pagamento dos cachês após as apresentações são problemas que os grupos enfrentam.

    A falta de estudo sobre a razão exata do visível apagamento do sotaque é um dos problemas internos dos próprios grupos de costa de mão, como a dificuldade de transferência de conhecimento das pessoas mais velhas para a nova geração de brincantes. A falta de interesse dos jovens é um problema latente dentro do Boi Brilho da Sociedade.

    Para preservar a cultura do sotaque costa de mão, Izaurina Nunes começou a trabalhar a tradição com crianças desde o ensino básico e produzirou material didático para ensinhar as crianças sobre o sotaque. O boizinho Odorico, nomeado em homenagem ao escolahe Odorico Ferreira, no bairro Tajipuru, em São Luís, onde a ação foi realizada, é um personagem para o boizinho Odorico e Belinho Nizetinha, inspirados nos dois donos do boi de costa de mão, Umbelino e dona Nizetinha.

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