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Mais de 200 candidatos se retiram das legislativas na França para frear a extrema direita

Creditos: ÚltimoSegundo

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m 2 de julho de 2024, as eleições legislativas na França ocorreram em Libourne, na sudoeste da França. Mais de 200 candidatos a deputado se retiraram para evitar uma maioria absoluta da extrema direita. O Reagrupamento Nacional (RN), liderado por Marine Le Pen, e seus aliados venceram o primeiro turno com um terço dos votos e estão procurando uma maioria absoluta de 289 deputados. O sistema eleitoral francês permite a votação de 577 deputados em círculos eleitorais com um sistema majoritário de dois turnos, o que resultou em mais de 300 segundos turnos com três candidatos ou mais. A coalizão de esquerda Nova Frente Popular (NFP) e a aliança de centro-direita do presidente Emmanuel Macron reativaram a "frente republicana" para isolá-la e impedir sua vitória em cada circunscrição.

    A maioria dos candidatos do RN retirou-se para aumentar as chances do outro candidato "republicano" em um duelo no segundo turno contra um ultradireitista. O candidato ultradireitista a primeiro-ministro, Jordan Bardella, denunciou "alianças de desonra" e pediu aos eleitoras uma maioria absoluta "frente à ameaça existencial para a nação francesa", que, em seu julgamento, a coalizão de esquerda representa.

    Das 214 renúncias registradas pela AFP, 126 são de candidatos de esquerda e 78 da aliança de Macron. Candidatos de outros partidos também desistiram, incluindo dois do RN por outros motivos. O prazo para confirmação das candidaturas terminou às 18h00 (horário local). As desistências reduziram o número de segundo turnos com três ou mais candidatos para 109, de acordo com a contagem da AFP.

    A possibilidade de que algum dos outros blocos consiga a maioria absoluta na Assembleia Nacional (Câmara Baixa) e o RN não conseguir fez surgir a ideia de uma "grande coalizão" no debate público na segunda economia da União Europeia. A França Insubmissa (LFI, esquerda radical), considerado "extremista" pelo governo e membro da coalizão de esquerda, descartou na terça-feira, de acordo com seu líder Manuel Bombard, participar de uma eventual grande coalizão.

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