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nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, pediu paciência para estudos e decisões, destacando que a exploração da Margem Equatorial tem um potencial valioso e que muito tempo já foi perdido. A companhia já perfurou mais de 1000 poços na região e realizou um simulado no local para comprovação de capacidade de resposta imediata a possíveis vazamentos. No entanto, o Ibama está em greve e o parecer aguardado sobre a pedido de reconsideração apresentado após a negativa de exploração em maio do ano passado está extrapolado os limites da petroleira. A presidência do Ibama afirmou que o análise do recurso administrativo apresentado pela Petrobras está em curso e que o instituto está aguardando o tomada de decisão.
O discurso de Magda é semelhante ao apresentado pelo Ministro Silveira, que afirmou que a exploração da região é necessária para garantia da autossuficiência e para a consolidação da transição energética. Ambos pedem urgência na tomada de decisão pelo instituto ligado ao Ministério do Meio Ambiente.
A exploração da Margem Equatorial tem um potencial de produção de cerca de 1,1 milhões de barris por dia a mais, considerando a atual produção brasileira. No entanto, a capacidade financeira da Petrobras para investir na exploração da região é preocupante. O especialista Adriano Pires destaca que a demora em discussões fez com que o leilão para o pré-sal demorasse 5 anos a acontecer e agora não se deve repetir o mesmo erro com a exploração da Margem Equatorial.
A região ainda é desconhecida e rica em ecossistemas tanto debaixo d'água quanto na região costeira. A oceanógrafa Renata Nagai pondera que é necessário que a gente pense um pouco mais antes de começar a exploração para evitar possíveis vazamentos e destruição de manguezais. Renata também questiona se os royalties gerados pela exploração serão revertidos para o benefício da população mais vulnerável e se a exploração não estaria contradizendo a transição energética.
A geração de receita e busca de mão de obra será fundamental para a região considerada "mais pobre do país". A exploração da Margem Equatorial tem o potencial de criar uma "capital" do petróleo na região, segundo Carlos Logulo. No entanto, alguns estudos questionam a necessidade de exploração para atender à demanda nacional de petróleo até 2060, já que a produção nas bacias do Sudeste seria suficiente.
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