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decreto recente publicado na segunda-feira na Argentina converte a agência de notícias pública Télam em uma agência de publicidade e propaganda estatal. A nova agência estatal de publicidade ficará responsável por desenvolver, produzir, comercializar e distribuir material publicitário nacional e/ou internacional tanto na Argentina quanto no exterior. A publicação oficializa o encerramento da Télam, anunciado pelo governo argentino em março. O presidente argentino Javier Milei assinou a publicação.
Em fevereiro, Milei interveio em todos os meios públicos da Argentina, trocando diretorias por gestores diretamente nomeados pelo governo. Isso foi interpretado como um primeiro passo para a privatização ou a extinção dos meios públicos argentinos, já que essa foi uma das promessas de campanha do presidente ultraliberal. O porta-voz da Presidência argentina, Manuel Adorni, postou em seu perfil na rede social X: "A Télam como a conhecíamos deixou de existir. Fim".
O Sindicato de Imprensa de Buenos Aires (SiPreBA) e a Federação Argentina de Trabalhadores de Imprensa (Fatpren) manifestaram apoio à Télam e às mídias públicas através de suas redes sociais. "Mantemos nossa luta", dizia um post retuitado por ambas as entidades no X. A secretária-geral da Fatpren, Carla Gaudensi, escreveu em seu perfil particular: "A Télam não fecha. Vamos defender não apenas os trabalhadores e trabalhadoras da agência, mas também todo o povo argentino, todas as empresas estatais, os bens públicos e a soberania do nosso país".
A Télam foi criada há 78 anos com o propósito de difundir informação e contava com mais de 700 funcionários. A agência era a única de sua natureza com correspondentes em todas as províncias argentinas e produzia cerca de 500 matérias e 200 fotografias por dia. Além disso, possuía um departamento de vídeo e rádio e perfis nas redes sociais.
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