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coordenadora humanitária das Nações Unidas para Gaza, Sigrid Kaag, anunciou que há 1,9 milhão de pessoas deslocadas na Faixa de Gaza, o que representa 80% da população. Ela expressou preocupação com as novas ordens de evacuação em Khan Yunis. A ONU calcula que até 250 mil pessoas foram afetadas pela ordem militar israelense para que os civis deixem Al Qarara, Bani Suhaila e outras localidades próximas à segunda maior cidade de Gaza. A coordenadora humanitária alertou que mais de um milhão de pessoas foram deslocadas novamente e que 1,9 milhão se encontram deslocadas atualmente na região.

    A ajuda que chega à Faixa de Gaza é insuficiente e novos acessos, especialmente ao sul de Gaza, precisam ser abertos para evitar um "desastre humanitário". Kaag pediu a reabertura da passagem de Rafah, entre Gaza e Egito, e conclamou a comunidade internacional a fazer mais para financiar os esforços de ajuda.

    O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que as ordens de evacuação de 117 quilômetros quadrados nas províncias de Khan Yunis e Rafah afetam aproximadamente um terço da Faixa de Gaza, o que a torna a maior ordem desse tipo desde outubro. Ele alertou que uma evacuação de tal magnitude só vai aumentar o sofrimento dos civis.

    A guerra começou após o ataque do Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro, que matou 1.195 pessoas, a maioria deles civis, de acordo com uma contagem da AFP baseada em dados israelenses. Os combatentes também fizeram 251 reféns, 116 dos quais permanecem em Gaza, incluindo 42 mortos, de acordo com o Exército israelense.

    Pelo menos 37.925 habitantes de Gaza morreram na ofensiva israelense, a maioria deles civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza, governado pelo Hamas. Israel não disse especificamente que haverá uma operação militar no sul de Gaza, mas, até agora, quase todas as ordens de evacuação foram o prenúncio de grandes batalhas.

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