A
frequência com que a professora Maria Rita Brandão Pereira vai ao açougue é a mesma, sempre a cada dois dias. Mas hoje ela levou frango para casa. \"Teve um aumento na carne bovina. Então, a gente tem que fazer essa variedade para conseguir alimentar e o bolso também agradece”, diz. O IPCA-15 de outubro mostrou que os consumidores pagaram, em média, 5,81% a mais pelas carnes. Os cortes mais em conta foram o que tiveram o maior aumento. O acém foi o que ficou mais caro. Em seguida, aparece a costela e, depois, o peito. Os cortes mais caros também subiram. \"Vamos dizer que o cliente chegava aqui, comprava um quilo de carne, hoje ele já pede 700 g, 800 g. Já caiu aí em torno de uns 15% da nossa venda”, conta o empresário, Francisco Sousa. O motivo está na origem do produto, no mercado do boi gordo. A estiagem longa prejudicou a qualidade dos pastos e poucos animais ficaram prontos para o abate, diminuindo a oferta de bovinos aos frigoríficos. \"Nós tivemos um abate muito grande de fêmeas nos últimos anos. O que joga o preço da arroba para baixo porque ela concorre com o boi”, explica Francisco Manzi, diretor técnico da Acrimat. Em uma fazenda, há um ano, a arroba do boi gordo estava sendo comercializada a R$ 230. Agora, esse valor já ultrapassou os R$ 300. \"Teve bastante abate de bois e também o consumo interno agora, chegando o final do ano, as festividades... Então, tudo isso acaba contribuindo para essa demanda”, diz Osvaldo Araújo, gerente de fazenda.
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