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Rio Acre baixa 61 centímetros em duas semanas e atinge segundo menor nível para junho nos últimos 10 anos

Creditos: G1

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Rio Acre está passando por uma situação de seca antecipada devido ao baixo índice pluviométrico na região. Durante todo o mês de maio, o Rio Acre ficou abaixo de 4 metros e, em junho, atingiu marcas ainda mais críticas. O nível do rio baixou 61 centímetros desde o início de junho até este sábado. O nível do Rio Acre subiu apenas no dia 2 de junho, quando saiu de 2,59 metros para 2,60 metros. Em todos os outros registros, divulgados pela Defesa Civil da capital diariamente, o cenário é de queda.

    A situação de seca antecipada na Bacia do Rio Acre é pontuada no decreto de emergência, que tem vigência até 31 de dezembro deste ano. O governador Gladson Cameli destaca que a continuidade prevista do baixo volume de precipitação, aliada ao aumento de temperaturas, provoca a redução do armazenamento de água no solo no Estado e potencializa a probabilidade de ocorrência de situações emergenciais e intensificação de secas na região para o período.

    O coronel Carlos Batista, coordenador estadual da Defesa Civil, alerta que a redução dos mananciais dificulta a captação de água e afeta a agricultura e a pesca. A Agência Nacional das Águas (ANA) não registrou chuvas significativas na região.

    Em Assis Brasil, no interior do estado, houve aumento de 12 centímetros nas últimas 24 horas, saindo de 2,90 metros para 3,02 metros, devido a chuvas de 9,6 milímetros durante este período. Toda a Bacia do Rio Acre está em situação de alerta máximo, com redução no nível.

    Em Xapuri, onde o Rio Acre alcançou 17,07 metros, a última medição aponta para 1,56 metros. Em alguns pontos do manancial, é possível ver bancos de areia.

    A enchente deixou mais de 200 pessoas desabrigadas e outras 545 desalojadas na região. Em Assis Brasil, o manancial chegou a 13,36 metros com mais de 400 pessoas desabrigadas e quatro bairros atingidos.

    A situação de seca pode ser agravada por fatores como a falta de chuvas na região, que precisa estar dentro da normalidade para o rio poder correr normalmente. Em maio, choveu apenas 56,4 milímetros na capital, o que corresponde a 40% do que era esperado para todo o mês, que era de 108 milímetros. Esta irregularidade na quantidade de chuvas faz com que aumente a frequência de secas e de cheias. Os sistemas de larga escala, como o El Niño, acabam servindo como 'catalisadores', acelerando estes fenômenos climáticos e influenciando nas mudanças do clima.

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