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Comissão de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne a partir da terça-feira e anuncia a nova taxa de juros no dia seguinte. A expectativa é que o colegiado mantenha a taxa Selic, atual de 10,50% ao ano, devido ao pior cenário internacional e às expectativas de inflação. No entanto, o fator mais importante é a dissidência entre os membros na reunião de maio, que foi "muito ruim", especialmente pelo placar apertado de 5 a 4. A diretora de macroeconomia para o Brasil da UBS Global Wealth Management, Solange Srour, avalia que a divisão interna não é comum e as explicações dadas na reunião deixaram o mercado preocupado. Todos os membros do Copom concordaram que houve um aumento da incerteza e que o cenário de desancoragem das expectativas era grave. No entanto, o grupo que votou pelo corte de 0,50 p.p. estava mais preocupado em entregar o forward guidance. Isso trouxe preocupação para o mercado, pois boa parte deles não vê o forward guidance como um compromisso que não se muda quando o cenário fica mais incerto. A união do Copom com um discurso mais duro e claro sobre a meta de inflação será importante para ajudar a ancorar as expectativas e reduzir a incerteza.
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