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Chefe da Inteligência da PM em RR é investigado por violência doméstica e ameaça de morte contra mulher e filhos

Creditos: G1

O
tenente-coronel Weslley Fernando Almeida dos Santos, do Departamento de Informação e Inteligência da Polícia Militar (PM) de Roraima, está sendo investigado por violência doméstica e ameaça de morte contra sua esposa e seus três filhos. A vítima registrou um Boletim de Ocorrência (BO) onde relata ameaças com arma de fogo, violência física e moral durante a gravidez. A medida protetiva foi deferida contra Weslley, proibindo-o de se aproximar da esposa. A decisão foi assinada pelo juiz Jaime Plá Pujades de Ávila. A PM informou que não foi notificada sobre a denúncia do dia 25 de junho. A Polímilitareiterou que todas as denúncias envolvendo membros da Corporação são investigadas por meio de procedimento administrativo, respeitando o direito à ampla defesa e ao contraditório. Devido ao cargo de confiança exercido pelo militar em questão, o Comando Geral da PM irá reunir o Estado Maior da Corporação para ouvir a versão do policial e deliberar sobre a permanência dele no cargo. Weslley alegou que o relato da esposa não é verídico. Ele também afirmou que está tranquilo quanto à verdade dos fatos e confia na apuração do órgão investigativo e na Justiça Estadual. A mulher tem uma união estável com Weslley há quatro anos e eles têm dois filhos, um de oito meses e outro de dois anos, além de um filho de três anos do relacionamento anterior da vítima. A vítima informou à Polícia Civil que todos eles foram vítimas de ameaças e agressões por parte de Weslley. Essa não é a primeira vez que a mulher do tenente-coronel relata agressões e violências. Em março de 2022, um primeiro Boletim de Ocorrência foi registrado por ela com denúncias semelhantes. A vítima descreveu a relação com Weslley como abusiva, mencionando episódios frequentes de agressões físicas, ameaças de morte, e violência psicológica. Ela relata ter sido ameaçada com arma de fogo e outros objetos, além de sofrer agressões durante a gravidez, sendo chamada por termos pejorativos como "p*ta", "vagabunda" e "gorda". Weslley, segundo a vítima, é ciumento, possessivo e bipolar, restringindo o contato dela com familiares e amigos e impedindo-a de acessar dinheiro. Após o primeiro BO registrado, a vítima relata que eles ficaram separados por dois meses, mas voltaram a viver juntos até a última terça-feira. Desde então, as agressões e ameaças se intensificaram. Weslley, de acordo com ela, tem problemas com álcool e se torna mais agressivo e ameaçador. Na terça-feira, uma discussão entre o casal escalou para violência com Weslley se mostrando mais agressivo e debochado. Ele deu à vítima um prazo até sexta-feira seguinte para sair de casa com os filhos, ameaçando que ela não ficaria viva para usufruir da casa, que está procurando confusão e não iria aguentar se não saísse. A vítima estava abalada emocionalmente e temia pela vida dela e dos filhos. Na decisão que deferiu a medida protetiva, o juiz destacou que Weslley deve ficar afastado do local de convivência com a vítima. Ele também está proibido de frequentar a casa e o local de trabalho dela e manter uma distância de 200m. Além disso, o juiz também destacou que Weslley está restrito ao uso funcional de armas de fogo.

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