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studo da USP alerta sobre riscos de corantes químicos para vida aquática
Um estudo desenvolvido pela Universidade de São Paulo (USP) revelou que corantes químicos usados na indústria têxtil podem provocar cegueira e outras má formas em peixes de água doce. O trabalho foi realizado em colaboração com a Universidade de Lisboa, de Portugal. Os efeitos nocivos de três tipos de corantes de tonalidade vermelha foram identificados pela primeira vez em laboratório: o Disperse Red (DR) 60, DR 73 e DR 78. Os efeitos foram testados em larvas e embriões de peixes-zebra. Para os testes em laboratório, foram usadas concentrações de corantes semelhantes às detectadas em amostras de água de rios que recebem descarte de indústrias. Os efeitos observados abrangem entre problemas de visão e alterações no comportamento de locomoção dos peixes. Corantes descartados em rios provocam cegueira e má formação em peixes, aponta pesquisa. O DR 60 causou problemas nas estruturas oculares, reduzindo a área e modificando a morfologia dos olhos, além de alterações no padrão natatório. O DR 73 afetou o desenvolvimento geral das larvas, impedindo que a bexiga natatória inflasse. Já o DR 78 provocou a redução da velocidade natatória e o estresse oxidativo das larvas. Os resultados também foram observados em testes com baixas concentrações de corantes, indicando um alerta às autoridades para a regulamentação de novas substâncias químicas, além da liberação dos compostos ao meio ambiente. Os corantes são amplamente utilizados em diferentes ramos industriais, entre têxteis, farmacêuticos, alimentícios e cosméticos, com algumas das substâncias já comprovadamente tóxicas à vida aquática. Mais de 15% dos corantes usados no mundo são inadvertidamente lançados como poluentes em ambientes aquáticos.
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