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Entenda como empresas de fachada do agro movimentaram mais de R$ 100 milhões do tráfico e outros crimes em MT e GO

Creditos: G1

A
operação "Carga Pesada" foi uma operação da polícia que ocorreu na quinta-feira (27). O grupo alvo do esquema desviou mais de R$ 100 milhões de grãos. Eles começaram o esquema em 2020 com golpes considerados mais "simples" e evoluíram para desvios de grandes cargas de grãos até se tornarem donos de falsas empresas na área do agronegócio nos estados de Mato Grosso e Goiás para movimentar o negócio ilícito. O grupo usou cerca de 60 empresas, a maioria delas de fachada, para fraudar, desviar, furtar ou roubar carregamentos de grãos e esconder os valores ganhos por meio de crimes.

    O delegado responsável pelo caso, Pablo Borges Rigo, explicou que os criminosos começaram aplicando dois golpes: golpe do falso médico e golpe "benção tia". Eles se apresentavam como médicos ou mandavam uma mensagem se passando por um parente próximo para aplicar roubos. Com o passar do tempo, eles evoluíram para o desvio de cargas e começaram a aplicar golpes nas transportadoras e nos donos do caminhão ou de armazém de grãos. Eles desviavam a carga para entregar fora do destino e havia a receptação das cargas e, depois, o escoamento dos valores.

    O esquema se tornou mais frequente até que os criminosos decidiram fundar suas próprias empresas e se tornar sócios de outras para conseguir receptar as cargas, fraudar os desvios e, principalmente, lavar o dinheiro. O grupo usou empresas do agronegócio, muitas delas de fachada, para fraudar, desviar, furtar ou roubar carregamentos de grãos.

    A Justiça determinou os seguintes mandados: 39 mandados de busca e apreensão, 97 quebras de sigilos fiscais, 97 quebras de sigilos bancários, 18 sequestros de bens, 21 suspensões de atividades de empresa, 14 manutenções de suspensão de atividade de empresas e 39 quebras de sigilo de dados. Durante as buscas, as equipes também apreenderam 122 kg de cocaína escondidos em caixas no banco traseiro de uma caminhonete, em Barra do Garças, a 516 km de Cuiabá. A quantidade de droga apreendida está avaliada em mais de R$ 10 milhões.

    O grupo criminoso tinha um grande número de empresas que escondiam os ganhos e movimentavam milhões.

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