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Grano Alimentos, uma empresa de alimentos congelados sediada em Serafina Corrêa, no Rio Grande do Sul, recentemente anunciou a captação de R$ 70 milhões para financiar um sistema de integração com pequenos produtores. A oferta foi coordenada pelo Itaú BBA e o CRA da Grano tem um prazo de vencimento de cinco anos. A empresa comprometeu-se a comprar os vegetais produzidos pelos agricultores e atualmente tem mais de 120 famílias envolvidas no programa. A emissão do CRA foi enquadrada como operação ESG com rótulo social devido ao impacto social da atividade da empresa e ao compromisso de manutenção da agricultura familiar. O CFO da Grano, Wilrobson Bassiano, destacou que a caracterização do selo social também reduziu custos e acessou fundos que só podem investir nessa vertente do ESG.

    A emissão ainda está em processo de auditoria quando o Rio Grande do Sul foi devastado pelas enchentes recentes. A Grano postergou algumas dívidas de aquisição de mudas e aumentou o planejamento de compras para o quarto trimestre de 2024 para que os agricultores possam maximizar receitas nesse período e compensar as perdas do segundo trimestre.

    A Grano se apresenta como "a maior empresa de vegetais congelados do Brasil" e espera obter um faturamento de R$ 350 milhões este ano. A resolução 5118 do Conselho Monetário Nacional (CMN) ajudou a acelerar a captação e a emissão de títulos incentivados como os CRAs passou a ser mais restrita, vedando ofertas que não estivessem diretamente vinculadas ao setor agrícola.

    Uma parte dos recursos captados na emissão será direcionada à pesquisa e desenvolvimento, que pode trazer uma grande inovação para o segmento em termos de produto. Fernando Giansante, CEO da Grano, contou que a empresa está sempre analisando teses e tem uma em curso sendo apreciada pelo sócio-controlador. A Grano foi adquirida pelo fundo Arlon, da gestora americana Conti. O CEO afirmou que as aquisições podem ser uma alavanca para novas captações no mercado de capitais.

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