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La Niña vem aí: quais setores e segmentos da Bolsa podem ganhar e perder?

Creditos: InfoMoney

A
pós o fenômeno El Niño, o La Niña está previsto para chegar a partir do segundo semestre de 2023, com probabilidade de 69%. Este fenômeno climático tem impactos opostos ao El Niño, trazendo seca para regiões como Sudeste e Sul do Brasil, enquanto as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste apresentam acumulações de chuva próximas ou abaixo da média. O La Niña está correlacionado com clima quente e seco na América do Norte, Ásia Oriental e partes da América do Sul durante a estação de desenvolvimento. No setor agrícola, o La Niña pode trazer mais notícias para nomes como 3tentos (TTEN3) e Raízen (RAIZ4), de acordo com análises da XP. No setor elétrico, o fenômeno pode ser positivo para alguns segmentos e neutro para outros. Para as companhias geradoras de energia, a ausência de chuvas pode elevar preços para patamares esperados pelos analistas. Para a frente de transmissão e distribuição, não haveria impacto, de acordo com Arlindo Souza, analista de energia da Levante Inside Corp. A super ciclo de preços baixos de energia elétrica estaria chegando ao fim, beneficiando as companhias que se beneficiam de valores mais elevados. O impacto causado pelos fenômenos no setor é diretamente ligado à característica da energia brasileira, que é muito exposta à energia hidráulica. Barcellos ressalta que em 2002, 83% da energia do Brasil vinha de fonte hidráulica. Ao longo dos anos, as fontes têm se diversificado, com mais infraestrutura em energia solar, energia eólica e aumento de termelétricas com uso de combustível fóssil (gás natural). Enquanto isso, as usinas termoelétricas podem entrar em cena em caso de escassez de energia das fontes renováveis. Em análise sobre os preços de energia elétrica, o Bradesco BBI destacou que a Eneva (ENEV3) poderia ser beneficiada em um cenário de maior uso de energia de origem termoelétrica. A visão é positiva para Eletrobras e Copel.

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