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e acordo com a pesquisa realizada pelo Ifop, Ipsos, OpinionWay e Elable, e pela Rádio França, o partido Reunião Nacional (RN), liderado por Marine Le Pen, obteve 34% dos votos no primeiro turno das eleições francesas. O bloco de esquerda ficou em segundo lugar com 28,1%, enquanto a coalizão do presidente Emmanuel Macron, a coalizão de centro, ficou em terceiro lugar com 20% dos votos. Ao longo da noite de domingo, manifestantes tomaram o monumento na Place de la Republique em Paris. O sistema político da França é semipresidencialista, onde os eleitores elegem os partidos que vão compor o Parlamento. A sigla ou a coalizão que obtiver mais votos indica então o primeiro-ministro, que governa em conjunto com o presidente, eleito em eleições presidenciais diretas e separadas das legislativas. Se o presidente e o primeiro-ministro são de partidos políticos diferentes, a França entra em um chamado de "coabitação", o que ocorreu apenas três vezes na história do país europeu e pode paralisar o governo de Macron. O atual primeiro-ministro, Gabriel Attal, é aliado de Macron, mas se as pesquisas se concretizarem, o Jordan Bardella, de apenas 28 anos e líder do partido de extrema direita de Le Pen, Reunião Nacional (RN), deve assumir o cargo. Após o fechamento das urnas neste domingo, Bardella declarou que o segundo turno, na semana que vem, será o "momento mais importante da história da Quinta República da França". O pleito foi convocado antecipadamente no início de junho pelo presidente francês. Diante do resultado ruim de seu partido e do avanço da extrema direita nas eleições para o Parlamento europeu, Macron decidiu dissolver o Legislativo francês e marcar uma nova votação. A resposta dos eleitores neste domingo foi grande, com um índice de comparecimento às urnas de 59% do total de votantes, o mais alto em quase 40 anos no país. As eleições parlamentares são realizadas em dois turnos -- um neste domingo e o outro em 7 de julho.

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