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ndré Felipe, o vice-presidente da Associação Suo Jure Surdos de Roraima, conversou com a equipe e com a intérprete Beatriz Teófilo. Ele afirmou que a iniciativa é importante para a inclusão da comunidade surda e para demonstrar respeito. Além disso, ao visitar a sede do Poder Legislativo, também percebeu que há mecanismos para a inclusão de pessoas com deficiência visual.

    O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Soldado Sampaio, acredita que a inclusão de pessoas surdas é importante para a democratização das pautas de interesse social. Ele considera que a emissora legislativa é um exemplo para outros canais de comunicação audiovisual.

    A tradução na TV Assembleia é feita por três intérpretes: Beatriz Teófilo, Alison Paulino e Elen Cardoso. Eles se revezam a cada 15 minutos para as traduções, entretanto esse tempo pode ser maior, dependendo das situações. Todos são formados pela Universidade Federal de Roraima (UFRR).

    Elen Cardoso fala sobre estudos para melhorar entrega da mensagem. Os deputados usam bastantes termos jurídicos e palavras típicas na criação de leis, então os três estudam muito e analisam o que fizeram após uma sessão para melhorar a entrega da mensagem para a população surda.

    A tradução gravada permite que os intérpretes pesquisem o sentido da mensagem que será transmitida, vocabulário, qual sinal pode ser utilizado - alguns deles desconhecidos até pelos profissionais, que vão em busca de aprender. Beatriz Teófilo detalha que há palavras na Língua Portuguesa que não existem na Língua de Sinais e que em muitos casos é preciso fazer o que denominam de marcação.

    Há outras estratégias adotadas pelos intérpretes, como a datilologia e os elementos visuais. A modalidade da língua de sinais é visual-espacial, os surdos entendem o mundo por meio de imagens, pelo que captam através da visão. Quanto mais pudermos deixar os signos [as palavras] claros, melhor para eles.

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