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história de Keron Ravach, uma adolescente transgénero assassinada no Ceará, é um dos exemplos da violência contra pessoas LGBTQIA+ no Brasil. A transfobia é um dos principais problemas enfrentados por pessoas trans e travestis no país, que enfrentam desiguais tratos e discriminação em diversas áreas da vida. A educação é vista como um dos principais mecanismos para enfrentar essa problemática, promovendo o respeito e o amor. A professora e coordenadora dos Observatórios Sociais da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Patrícia Rosalba, alerta sobre a subnotificação de crimes contra pessoas LGBTQIA+ e o recrudescimento do discurso de ódio. Para ela, instituições, movimentos sociais, conselhos, organizações não-governamentais e universidades que dialogam sobre questões LGBTQIA+ podem potencializar e ratificar as políticas públicas para essa população, especialmente para pessoas trans, na região.
Luma Nogueira de Andrade é uma travesti que conseguiu superar adversidades para concluir um curso de doutorado no país. Natural de Morada Nova, no interior do Ceará, ela sofreu rejeição por ser considerada masculina e precisou se adequar ao gênero feminino. Após completar o Ensino Médio, ela chegou à universidade, ao mestrado e ao doutorado, trajetória ainda distante para a maioria das pessoas trans do Brasil. Luma é autora do livro Travestis na Escola: Assujeitamento e Resistência à Ordem Normativa e também se envolveu na luta pela retificação documental de nomes e documentos de pessoas transgêneros maiores de 18 anos.
A retificação documental é o reconhecimento da identidade de gênero da pessoa e é o primeiro ato para a sua existência. No entanto, para Luma, não basta ter esses dispositivos legais para garantir o respeito e o amor. É necessário ir para o enfrentamento e as garantias para tornar isso que está escrito em prática.
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