O
produtor rural Nivaldo Evaristo Davoglio expressou preocupação com a produção de laranjas em sua fazenda em Taquaritinga (SP), na região de Ribeirão Preto (SP). A seca prolongada e o calor acima da média estão afetando a produção de laranjas, com frutos menores e caindo das árvores mais cedo do que se esperava. A situação é desoladora para a citricultura paulista, responsável por cerca de 75% da produção brasileira.
Nivaldo espera coletar apenas 60 mil caixas de laranjas este ano, menos da metade do que conseguiu em 2023 - 140 mil. Ele afirma que se houver chuva e condições favoráveis, ainda recuperará os prejuízos, mas se não houver, a quebra será de 50%.
Segundo a Fundecitrus, a safra 2024/2025 no estado de São Paulo, Triângulo e Sudoeste mineiros deve chegar a 232 milhões de caixas, diante de 308 milhões da anterior, quando também houve uma redução de 2% em um cenário já marcado por queda prematura de frutos a uma taxa de 19% e um prejuízo estimado de 72 milhões de caixas.
O peso de cada fruta também ficou abaixo do esperado, com 5 gramas a menos do que a média dos últimos dez anos. A projeção de produção para o próximo ciclo está bem abaixo do que o setor já registrou.
Nivaldo afirma que nunca viu uma situação semelhante em sua lavoura desde 1970. Ele menciona que a lavoura está com 18 a 20 anos e que a mudança para uma nova plantação exigiria pulverização a cada oito dias. Ele acredita que dentro de quatro a cinco anos, não haverá mais laranjas na região.
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