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eleição britânica de 4 de julho de 2023 será marcada por uma disputa entre o atual primeiro-ministro conservador Rishi Sunak e o líder trabalhista Keir Starmer. Sunak, que chegou ao cargo em outubro de 2022, busca ser eleito pelo voto popular pela primeira vez. Ele é o primeiro chefe de governo com raízes asiáticas no Reino Unido e o mais jovem dos últimos 200 anos. Sunak conseguiu restaurar a estabilidade após o caos dos anos de Boris Johnson e reduzir a inflação. No entanto, ele não cumpriu várias promessas, como enviar imigrantes sem documentos para Ruanda ou reduzir as listas de espera do serviço público de saúde NHS. As pesquisas atribuem a Sunak o menor índice de popularidade da história dos primeiros-ministros britânicos.
Keir Starmer é o grande favorito para se tornar o próximo primeiro-ministro britânico, segundo as pesquisas. Ele é um trabalhista de centro e tentará conduzir a legenda para uma posição política de centro, após os anos voltados para a esquerda sob o comando de Jeremy Corbyn. Starmer é um renomado ex-advogado especializado em direitos humanos e foi diretor do Ministério Público de Inglaterra e de Gales. Ele é considerado um líder pragmático capaz de obter a recuperação de um país em declínio econômico. No entanto, seus críticos questionam suas mudanças de rumo, a falta de carisma e afirmam que não possui uma visão clara do futuro do país. Starmer é um torcedor do Arsenal e foi nomeado Cavaleiro do Império Britânico pela rainha Elizabeth II pelos serviços prestados na justiça criminal.
O eurocético Nigel Farage anunciou sua candidatura por seu partido de extrema-direita, Reform UK. Ele é uma das personalidades políticas mais polêmicas no país e foi eurodeputado, mas nunca conseguiu ser eleito para o Parlamento de Westminster. Farage é conhecido como "Mr. Brexit" por seu protagonismo no referendo de 2016 que decidiu a saída do Reino Unido da União Europeia. Várias pesquisas apontam que tem até 15% das intenções de voto, o que deixa seu partido próximo - e até superando em algumas sondagens - do Partido Conservador, mas sem ameaçar a vitória dos trabalhistas.
O líder do Partido Liberal Democrata, Ed Davey, e o primeiro-ministro escocês John Swinney, dos independentistas do Partido Nacional Escocês (SNP), desejam aumentar o número de cadeiras de suas legendas no Parlamento. Davey espera conseguir mais assentos no sul de Inglaterra, o que pode permitir que seu partido centrista supere o SNP, que é a terceira maior bancada parlamentar atualmente. Swinney não concorre ao Parlamento britânico, mas tornou-se recentemente o primeiro-ministro da Escócia e pretende reforçar a presença do SNP no Palácio de Westminster. O SNP possui atualmente 48 das 59 cadeiras das circunscrições escocesas, mas as pesquisas indicam que os trabalhistas podem conquistar vários assentos. Carla Denyer, uma das líderes ecologistas do Partido Verde, espera reforçar seu movimento no Parlamento, onde conta atualmente com uma cadeira.
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