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instalação "Tsunami de Plástico", criada pelo ativista Mundano, é uma releitura da famosa xilogravura "A Grande Onda de Kanagawa", do artista japonês Katsushika Hokusai. A instalação é feita com mais de 1.100 sacolas plásticas e tem cerca de 10 metros de altura e 20 metros de largura. A intenção é chamar a atenção para a poluição nos mares e oceanos causada pelo plástico descartado. A instalação é montada em frente ao Museu Nacional de Brasília durante o 3º Congresso Internacional Cidades Lixo Zero.
Mundano, o idealizador da instalação, afirma que a intervenção é provocativa para todos, desde o consumidor até as indústrias poluidoras. Ele pede que os consumidores reverem seus hábitos de consumo de plásticos e as indústrias sejam mais responsáveis em relação ao design e uso dos embalagens.
O Tsunami de Plástico está aberto à visitação durante o Congresso Internacional Cidades Lixo Zero, com duas sessões diárias até quinta-feira. A instalação é um recado também para o Poder Público para avançar na legislação contra a poluição causada pelo plástico.
O Brasil contribuiu para a poluição dos oceanos com 325 milhões de quilos de resíduos plásticos levados ao mar a partir de fontes terrestres. A ciência estima que há acumulado nas águas 171 trilhões de partículas de plástico que pesariam cerca de 2,3 milhões de toneladas.
O Tsunami de Plástico destaca o papel crucial dos catadores de material reciclável na mitigação do problema do lixo. Esses profissionais são responsáveis por manejar 90% dos materiais que são efetivamente reciclados no país. No Distrito Federal, em 2023, foram produzidos no total 711 mil toneladas de resíduos, apenas cerca de 7,45% foi encaminhado para reciclagem. A coleta seletiva é realizada em quase todas as Regiões Administrativas do DF, mas Água Quente e Pôr do Sol/Sol Nascente não têm o serviço. O Serviço de Limpeza Urbana está estudando maneiras de ampliar o serviço para essas regiões. O Aterro Sanitário de Brasília foi inaugurado em 2017 e a operação na área atual está prevista para ir até 2027, uma redução de dois anos na vida útil do aterro sanitário. A expansão do aterro já está sendo planejada para uma área adjacente à atual, com extensão da vida útil prevista por mais 20 anos partir de 2027. A melhora nos índices de reciclagem depende da conscientização da população do Distrito Federal para necessidade da correta separação e destinação dos resíduos.
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