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Boca de urna indica que extrema direita lidera eleição com participação recorde na França; Macron pede aliança com esquerda

Creditos: G1

A
primeira rodada das eleições legislativas na França teve o partido Reunião Nacional (RN), liderado por Marine Le Pen, em primeiro lugar com 34% dos votos. A coalizão do presidente Emmanuel Macron ficou em terceiro lugar com 20%. Após a divulgação das pesquisas, Macron sugeriu uma aliança ampla entre "candidatos republicanos e democráticos" para o segundo turno das eleições, que acontecerá em 7 de julho. Já Marine Le Pen pediu aos franceses que deem a maioria absoluta no Parlamento à sua sigla no segundo turno.

    O resultado parcial da apuração dos votos está previsto para sair às 23h no horário local (18h pelo horário de Brasília). O sistema político da França é semipresidencialista, onde os eleitores elegem os partidos que vão compor o Parlamento. A sigla ou a coalisão que obtiver mais votos indica então o primeiro-ministro, que governa em conjunto com o presidente -- este eleito em eleições presidenciais diretas e separadas das legislativas e que, na prática, é quem ganha mais protagonismo à frente do governo.

    Caso o presidente e o primeiro-ministro sejam de partidos políticos diferentes, a França entrará em um chamado governo de "coabitação", o que ocorreu apenas três vezes na história do país europeu e que pode paralisar o governo de Macron. Isso porque, neste caso, o premiê assume as funções de comandar o governo internamente, propondo, por exemplo, quem serão os ministros.

    A participação dos eleitores neste domingo foi alta, com um índice de 59% do total de votantes. O primeiro-ministro atual, Gabriel Attal, é aliado de Macron, mas, se as pesquisas se concretizarem, quem deve assumir o cargo é o Jordan Bardella, de apenas 28 anos, o principal nome do partido de extrema direita de Le Pen, o Reunião Nacional (RN).

    O que acontece se a extrema direita assumir o Parlamento? Se a extrema direita ganhar, Macron teria de nomear um adversário para o cargo de primeiro-ministro -- caso opte por não fazê-lo, ele pode ser alvo de uma Moção de Censura, um recurso do Legislativo no qual deputados votam se querem mantê-lo ou não no cargo. No cenário do chamado governo de coabitação, o presidente mantém o papel de chefe de Estado e da política externa -- a Constituição diz que ele negocia também tratados internacionais--, mas perde o poder de definir a política doméstica e de nomear ministros, o que ficará a cargo do primeiro-ministro.

    O partido de Macron tentou diversas vezes alertar para o risco da chegada ao poder da extrema direita -- que tem se esforçado para moderar a imagem herdada do seu fundador Jean-Marie Le Pen, pai de Marine Le Pen e conhecido por seus comentários racistas. Desde que Marine Le Pen assumiu a liderança do RN, em 2011, ela vem tentando impor pautas populistas para os franceses, com posturas xenofóbicas e ideais próximos ao governo russo. Le Pen deixou para trás posturas racistas e antissemitas de seu pai, mas manteve pautas anti-imigração. Le Pen já sugeriu a retirada do apoio da França à Ucrânia na guerra e que pretende deixar de lado políticas para amenizar o impacto do carbono, com mais incentivos a indústrias francesas. A expectativa é que RN governe de uma forma semelhante à gestão da premiê italiana, Giorgia Meloni, que, embora internacionalmente adote um discurso voltado à preocupação com o clima, internamente permite que ministros e aliados questionem o aquecimento global e os acordos climáticos.

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