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Lula empoderou Haddad em reunião do Conselhão, dizem empresários

Creditos: G1 Política

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urante uma reunião com empresários, o presidente da República novamente foi alvo de reclamações. No entanto, os empresários acreditam que as sinalizações do ex-presidente Lula em favor do vice-presidente Haddad tenham um efeito positivo na economia e podem acalmar o mercado em breve. Durante sua fala, Lula fez gestos de apoio para Haddad, o que também pode ser interpretado como uma sinalização para aqueles dentro do governo que desejam minar Haddad.

    A ala política do governo aproveitou essas oportunidades para pressionar o Ministério da Fazenda a abandonar qualquer tentativa de fazer cortes. No entanto, Lula manteve sua defesa dos gastos sociais e investimentos em infraestrutura. Ele ressaltou que não se pode gastar mais do que se arrecada, citando um conselho dado por sua mãe.

    O empresariado entendeu que isso foi uma forma de Lula dizer que haverá espaço para fazer cortes de despesas, algo que Lula nunca negou, mas também nunca defendeu como prioridade do governo. Portanto, os que estavam apostando no enfraquecimento de Haddad receberam o recado claro de Lula de que ele continua sendo seu principal ministro.

    Durante a reunião do Conselho, Lula voltou a fazer críticas ao mercado, afirmando que ele gosta de especular sem motivo e sem preocupação com a parte mais pobre da população. No entanto, ele também emitiu sinais para o público de que tem um interlocutor no sistema financeiro, o presidente da Febraban, Isaac Sidney, citado por Lula em sua fala mais de três vezes.

    Isaac foi escolhido para falar durante a reunião do Conselho, reforçando a importância de fortalecer o ministro da Fazenda para afastar as turbulências da economia. O empresariado gostou do que ouviu, entendendo que isso é a forma como o presidente se comunica politicamente. No entanto, fez ressalvas às falas mais duras de Lula, incluindo o momento em que o presidente sinalizou despreocupação com o tamanho da dívida pública do país.

    Lula afirmou que, em comparação com as dívidas dos Estados Unidos, Japão, Alemanha e Itália, "a dívida brasileira é troco". Embora a dívida pública brasileira seja menor, seu custo de financiamento é muito maior proporcionalmente, porque a taxa de juros no Brasil é muito mais alta. Além disso, o mercado tem receios de que o Brasil, como já fez no passado, deixe de pagar sua dívida. "Haddad nunca ficará enfraquecido enquanto eu estiver à frente", afirmou Lula.

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