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ezar é uma prática que muitas pessoas realizam para se conectar com Deus ou para encontrar um sentido de paz e tranquilidade. Embora a resposta seja reduzida por aproximadamente 20-30%, o texto centraliza-se na relação entre oração e bem-estar mental. A equipe do BBC Crowdscience consultou especialistas para entender como a oração afeta o cérebro e se este mecanismo está necessariamente relacionado às crenças religiosas ou pode ser presente em outras práticas meditativas ou criativas.

    Quando as pessoas entram em oração, o lobo frontal é ativado. No entanto, durante a oração profunda, a atividade do lobo frontal diminui novamente. Este fenômeno foi estudado pelo neurocientista Andrew Newberg, diretor de pesquisa do Instituto Marcus de Medicina Integrativa da Universidade Thomas Jefferson, nos Estados Unidos.

    Newberg e sua equipe conseguiram ver as áreas do cérebro que são ativadas quando uma pessoa está rezando. A oração profunda também gera uma redução na atividade no lobo parietal, na parte mais traseira do cérebro. Essa área recebe informações sensoriais do corpo e cria uma representação visual dele. Newberg sugere que a redução na atividade no lobo parietal pode explicar os sentimentos de transcendência reportados por quem pratica a oração profunda: "À medida que a atividade nessa área diminui, perdemos o senso do eu individual e temos esse senso de unidade".

    A relação entre a oração e a crença em Deus é um assunto complexo. Para algumas pessoas, a oração pode ser uma experiência imensamente pessoal e pode ser alcançada por meio de práticas semelhantes à oração, mas sem qualquer fundamento religioso. Essas práticas podem produzir os mesmos efeitos sentidos por aqueles com crenças profundas.

    A teoria do apego da psicologia sugere que a relação que os seres humanos têm com seus cuidadores primários define o tipo de relacionamento que eles terão no futuro. A insegurança em relação a Deus pode ser prejudicial para a saúde mental, mas entender de onde essa insegurança vem pode ajudar. Além disso, os vínculos podem ser modificados por meio da psicoterapia, algo que pode ser positivo para a saúde mental de maneira geral.

    A improvisação musical também diminui a atividade no lobo frontal do cérebro, o que sugere que a criatividade pode ser uma prática profundamente espiritual para muitas pessoas, seja com uma vida religiosa ou sem ela. Apesar das diferenças entre as práticas religiosas e espirituais, a persistência delas ao longo do tempo e a sua adaptabilidade a mudanças políticas ou tradições culturais sugerem que elas têm um efeito real na saúde mental dos indivíduos.

    Em resumo, a oração e outras práticas espirituais podem ter um impacto significativo no cérebro e no bem-estar mental das pessoas que as realizam. A redução da atividade no lobo frontal durante a oração profunda sugere que essa prática pode levar a um sentimento de unidade e transcendência. A relação entre a oração e a crença em Deus pode ser influenciada por fatores como a teoria do apego e a insegurança em relação a Deus. A improvisação musical e outras atividades criativas também podem ter efeitos semelhantes na atividade cerebral durante a oração profunda.

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