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Pagamento por aproximação: experiência do cartão vai migrar para o Pix?

Creditos: InfoMoney

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Pix é uma ferramenta de transação que permite que os usuários paguem com facilidade e rapidamente. Atualmente, existem três modos de uso para o Pix: Pix Automático, Pix Parcelado e Pix recorrente. No entanto, outra modalidade chamada Pix offline ou Pix por aproximação está sendo amplamente discutida. Essa modalidade permitiria que os usuários paguem com o Pix da mesma forma que usam o cartão via NFC (Near Field Communication) pelo celular.

    O recurso já foi mencionado em várias ocasiões, mas durante a Febraban Tech 2024, Carlos Brandt, considerado o "pai do Pix" no Banco Central, novamente falou sobre a possibilidade no painel "A evolução dos pagamentos instantâneos na economia digital". Embora não tenham um nome oficial para o produto que surgiu, está em discussão e avalia as trocas de informações entre os dispositivos (celular e maquininha).

    O recurso tem o potencial de trazer outro conjunto de soluções e continuar o processo de digitalização da economia. Ele pode ser uma "solução" oferecida para pagamentos de valores menores, como no transporte público, por exemplo. O Pix é mais amplo e oferece redução de custos, já que é caro lidar com o dinheiro físico. Além disso, o cartão de crédito atende apenas uma fatia da sociedade, enquanto o Pix é mais amplo e pode ser integrado a outras soluções como Open Finance e Drex.

    Inclusive, dentro das instituições financeiras, o Pix é visto como um produto complementar na agenda de ecossistemas que o BC vem trabalhando, como o Open Finance e o Drex. Com a integração do Pix com o Open Finance, mais pessoas se aderem ao recurso, o que acelerará qualquer ecossistema. O Pix Automático e o potencial Pix por aproximação vão começar a transformar a experiência do cartão e abrir um leque ainda maior para o Pix.

    Com mais recursos do Pix funcionando, o consumidor vai fazer pagamentos de delivery, streaming, contas de luz e água, pagamentos por aproximação e parcelados, tudo com o Pix - o que deve gerar uma ameaça ainda mais real aos cartões. O cliente que usa o Pix não precisa ter liberação de crédito para usar o Pix, fora a vantagem de experiência que já é conhecida. E a tendência é aumentar ainda mais o público que pode utilizar o Pix. No limite, o cartão pode acabar.

    Agradar o cliente é a prioridade e a instituição que melhor integrar o Pix a novos produtos terá mais chance de "ganhar o jogo" e fidelizar o cliente. O cliente pede transações imediatas, rápidas, sem erros e simples. O Pix é um facilitador nesse aspecto. A B3, em conjunto com a CVM, também avalia as possibilidades de implementação do "Open capital markets" para facilitar a portabilidade de fundos, por exemplo, que hoje ainda não é possível, e faz com que o investidor pague impostos e taxas sem necessidade.

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