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dólar brasileiro atingiu uma nova barreira de R$ 5,50 na quarta-feira, o que indica uma mudança de cenário seis meses após uma virada de ano com clima de maior otimismo econômico no Brasil e no mundo. Isso reacende a discussão sobre a importância de proteger o patrimônio com investimentos em moeda estrangeira.

    Segundo Evandro Buccini, sócio e diretor de crédito e multimercados da Rio Bravo Investimentos, qualquer investimento em moeda estrangeira se beneficia nestes momentos. Ele afirmou que a depreciação do real faz os ativos no exterior passarem a valer mais na moeda nacional.

    Existem diferentes ETFs (fundos de índice) de renda fixa nos Estados Unidos que investem em títulos com vencimentos variados. Os investimentos em ETFs de renda fixa nos Estados Unidos tiveram diferentes resultados até o momento:

    - BIL: entre 1 e 3 meses, retornou 13,17% de ganhos líquidos desde o começo do ano;

    - IEI: entre 3 e 7 anos, retornou 10,598,26 de lucro líquido desde o aplicativo em 2 de janeiro e resgate em 26 de junho;

    - IEF: entre 7 e 10 anos, retornou 9,631,27 de lucro líquido desde o aplicativo;

    - TLT: a partir de 20 anos, retornou 6,653,69 de lucro líquido desde o aplicativo de R$ 100 mil.

    O investimento de R$ 100 mil no ETF BIL, que acompanha uma cesta de títulos mais curtos, deu o melhor resultado até agora, com R$ 13.173,72 de lucro líquido considerando impostos (IR e IOF) e o câmbio para reais com spread de 1%.

    O resultado acontece apesar da deterioração de perspectivas do mercado quanto à possibilidade de corte de juros nos EUA, que passou de três reduções no primeiro semestre para possivelmente nenhuma queda no ano. Os ativos de renda fixa americanos sofreram com a marcação ao mercado, um mecanismo de atualização de preços que reflete a variação de ativos no mercado secundário dia a dia.

    Ao investir em renda fixa americana em dólares desde janeiro de 2024, um investimento de R$ 100 mil pode gerar retornos significativos:

    - TLT: -4,27%

    - IEF: -1,16%

    - IEI: -0,15%

    - BIL: 2,54%

    No entanto, todos deram lucro ao investidor brasileiro por conta da variação cambial. Buccini alerta que a diversificação internacional deve ir muito além do câmbio. "O câmbio é um aliado em aumentar a descorrelação na maior parte dos ativos, mas o objetivo maior é a exposição a outras geografias. No longo prazo o câmbio não costuma ter contribuições muito significativas para os retornos".

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